segunda-feira 23 de dezembro de 2024
Home / POLÍTICA / Moro atua para barrar CPI que pode investigá-lo no Congresso, diz revista
sexta-feira 13 de setembro de 2019 às 18:17h

Moro atua para barrar CPI que pode investigá-lo no Congresso, diz revista

POLÍTICA


O pedido de CPI, assinado por oito parlamentares da oposição, cita uma “suposta articulação” entre os procuradores e o ex-juiz, com base nas revelações do The Intercept.

Talvez o principal defensor de Sérgio Moro na Câmara, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), quando soube que o documento tinha sido protocolado, com 175 assinaturas, liderou um movimento para esvaziar o pedido. São necessárias 171.

Augusto disse já ter convencido seis parlamentares a retirarem suas assinaturas, entre as quais Tabata Amaral (PDT-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Mas continua sua saga. O objetivo é retirar o apoio de deputados para “respirar tranquilo”.

Ele disse que conversou com Alexandre Frota (PSDB-SP), que estaria inclinado a tirar seu nome da lista. E abordou outros sete.

Capitão Augusto é o coordenador da Bancada da Bala, relator do pacote das medidas de Moro para combate ao crime e interlocutor diário do ministro.

O deputado tem mantido Moro a par desse movimento de retirada de assinaturas e a cada sucesso obtido comunica ao ministro.

O parlamentar está indignadíssimo com o governo, que não se mobilizou para evitar essa CPI e nem o está ajudando em esvaziá-la.

“O governo que deveria estar fazendo esse corpo a corpo. Inacreditável isso. Não é possível que o governo não estava sabendo dessa CPI nos bastidores, e não se mobilizou antes. Não vi um movimento do governo. Tem gente que assinou isso aí e nem sabia. São essas assinaturas colhidas nos corredores e de qualquer jeito”.

Perguntado qual a reação de Moro quando soube por ele da CPI, e como está se sentindo, Augusto respondeu:

“Não posso falar. Mas ninguém sai comemorando a instalação de uma CPI contra si mesmo”.

Pelo regimento, quando um pedido de CPI é protocolado não se pode mais retirar assinatura. Mas, acredita o capitão Augusto, que se o signatário solicitar a retirada em até 24 horas após o protocolo, tem que ser aceito.

Veja também

Datafolha: 69% defendem a democracia no Brasil; número era de 79% em 2022

Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta quarta-feira (18) apontou que 69% dos brasileiros preferem a …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!