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quarta-feira 2 de março de 2022 às 13:56h

Moema, Caetano, Jerônimo, Solla: desistência de Wagner cria corrida interna no PT, revela jornal

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A desistência oficial de Jaques Wagner (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2022, comunicada na última segunda-feira (28), deixou segundo o jornal Correio, diversos correligionários e a própria militância petista bastante apreensivos. Internamente, a sigla busca uma solução para o entrave, que requer uma decisão de seguir com candidatura própria ou bater o martelo em apoio ao senador Otto Alencar (PSD), fiel aliado petista no estado, como candidato ao governo. Nesta sexta-feira (4), o assunto será pautado na reunião da Executiva Estadual.

Ainda que não haja uma decisão firmada, as forças internas do partido já começaram seus próprios movimentos e indicação de nomes. Numa suposta lista, em que já figura a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, o deputado federal e ex-secretário da Saúde estadual, Jorge Solla, e o ex-deputado e atual secretário de Relações Institucionais, Caetano, soma-se o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues.

A indicação deste último teria como vantagem a inexistência de ações, investigações ou mesmo rumores criminais em seu histórico, diferente de Moema, que tem lidado com a suspeita de fraude em licitação na compra de tablets para auxiliar na educação municipal, e Caetano, cujo currículo carrega até mesmo a perda do último mandato, registra o jornal Correio. Nos bastidores, o comentário é que estes petistas buscam ganhar mídia espontânea e conseguirem se cacifar para pleitear cargos no próximo governo, que não estará mais com o PT.

O presidente estadual do PT, Eden Valadares, confirma a divisão interna sobre os dois possíveis caminhos – candidatura própria ou apoio a Otto. Segundo ele, a situação será arregimentada coletivamente. “Temos uma tradição de construção coletiva, valorização da democracia interna e respeito às instâncias. Vamos aguardar o desenrolar das reuniões de hoje e sexta-feira”, diz.

Ele alerta que o encontro nesta sexta não é uma data-limite. “não posso nem antecipar qual será, nem cravar que o debate se encerra na sexta. Estamos dialogando com os demais partidos da base, ouvindo, acumulando opiniões, processo natural. Espero que na sexta-feira já tenhamos condições de apontar nossa nova tática eleitoral”, destaca.

Diante das incertezas na base governista, o principal adversário, ACM Neto (UB), tem dito a aliados de acordo com a coluna Satélite, no Correio, que não tem necessidade de adiantar o próprio ritmo de definições de alianças este momento. Neto decidiu esperar até 2 de abril para ver como as peças no tabuleiro opositor irão findar. A data é o prazo, inclusive, para a renúncia do governador Rui Costa (PT), que deve disputar vaga no Senado. O vice-governador João Leão (PP) irá assumir o governo.

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