A moagem de cana-açúcar do Brasil deve aumentar 28,8% até 2032, para 751 milhões de toneladas, enquanto a área plantada aumentará aproximadamente 12% no período, de acordo com estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e divulgado pelo Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira.
A projeção considera importantes ganhos de produtividade por hectare, enquanto a área dos canaviais passará de 8,2 milhões para 9,2 milhões de hectares.
Do total processado, 56% será destinada para a fabricação de etanol, enquanto o restante irá para produzir açúcar.
A EPE citou ainda implantação de sete unidades produtora, adicionando 18,5 milhões de hectares e reativações de usinas com capacidade para 6 milhões de hectares.
“A redução de custos de produção, a eficientização do processo produtivo e o aumento da competitividade do etanol frente à gasolina, associados à necessidade de incremento da capacidade de produção de etanol, motivarão investimentos em unidades greenfields e em unidades existentes”, diz o estudo.
O etanol de cana responderá por uma produção de 36,1 bilhões de litros, versus 26,4 bilhões em 2022. Já o biocombustível a partir do milho terá um volume de 9,1 bilhões de litros em 10 anos, versus 4,3 bilhões em 2022.
A produção de etanol de segunda geração, a partir de bagaço e palha de cana, foi estimada em 560 milhões de litros em 2032.
A demanda total de etanol em 2032 foi prevista em 45 bilhões de litros, ante 29 bilhões neste ano.
Já o consumo de biodiesel no Brasil deve aumentar quase 90% para 12,1 bilhões de litros, com o óleo de soja mantendo sua posição de liderança como matéria-prima até o fim do período analisado.