A Nasa, agência espacial americana, lançou nesta quarta-feira (16) seu novo e gigantesco foguete lunar, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), com o objetivo de preparar o terreno para uma possível presença humana sustentável na superfície da Lua e avançar com os projetos de missões tripuladas a Marte.
O SLS, de 100 metros de altura, é o foguete mais potente já desenvolvido pela Nasa e é a base do programa Artemis, que pretende voltar a levar astronautas à superfície lunar após 50 anos de ausência.
Esta espaçonave, conhecida como Orion, está sem tripulação neste voo em particular, mas se tudo der certo, haverá astronautas a bordo em futuras missões com destino à superfície lunar.
O lançamento desta quarta-feira (16) foi realizado após duas tentativas de lançamento anteriores, em agosto e setembro, que foram abortadas durante a contagem regressiva devido a problemas técnicos.
Mas essas questões foram superadas nesta ocasião, e o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), como o foguete é frequentemente chamado, recebeu permissão para iniciar sua decolagem do Centro Espacial Kennedy às 1h47 do horário local (06:47 GMT).
O foguete tem uma série de manobras importantes para realizar bem acima do nosso planeta para colocar a cápsula Orion na rota certa para a Lua.
Só algumas horas após o lançamento vamos saber se essas tarefas foram concluídas corretamente.
Em dezembro, a Nasa vai comemorar o 50º aniversário da missão Apollo 17, a última vez em que os humanos pisaram na Lua.
A agência espacial está chamando seu novo programa de Artemis (irmã gêmea de Apolo na mitologia grega).
E está planejando uma série de missões cada vez mais complexas para a próxima década que devem resultar em uma presença mais sustentada no satélite natural da Terra — com habitats na sua superfície e o uso de rovers (veículos de exploração espacial), junto a uma miniestação espacial em órbita ao redor da Lua.
A Orion está sendo enviada em uma jornada de 26 dias que a levará ao que é conhecido como órbita retrógrada distante na Lua.
Em seu ponto mais próximo, a cápsula chegará a apenas 100 km da superfície lunar; em seu ponto mais distante, ficará a até 70.000 km da superfície.
A cápsula deve voltar à Terra em 11 de dezembro — cerca de três semanas e meia a partir de agora.
É quando acontece um dos principais eventos de toda a missão.
Os engenheiros estão mais preocupados em saber como o escudo térmico da Orion vai lidar com as temperaturas extremas que encontrará ao reentrar na atmosfera do nosso planeta.
A cápsula estará vindo muito rápido — a 38.000 km/h, ou 32 vezes a velocidade do som.
O escudo em sua parte inferior precisa aguentar temperaturas próximas a 3.000°C.A Nasa, a agência espacial americana, lançou seu maior foguete de todos os tempos de Cabo Canaveral, na Flórida.
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