Na manhã desta segunda-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro minimizou os atos contra o governo federal realizados no último domingo (12), que contaram com baixa adesão, e disse conforme o portal Metrópoles, que os manifestantes presentes são “dignos de dó, de pena”.
Convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, os atos contaram com a presença de algumas siglas de esquerda, como PDT, PSB e Cidadania, mas não tiveram participação do PT nem do PSol. Eles pediram o impeachment do presidente Bolsonaro. O principal foco foi na Avenida Paulista, São Paulo, mas o número de manifestantes ficou aquém do esperado.
“Essa minoria que é contra, os que foram às ruas ontem, são dignos de dó, de pena”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. A conversa foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente
Bolsonaro ainda ironizou a presença de nomes apontados como candidatos à Presidência da República em 2022: “Vocês viram em São Paulo ontem, cinco presidenciáveis aglomerados?”.
Cinco presidenciáveis participaram dos atos em São Paulo: Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoêdo (Novo) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta relatou aos manifestantes que o chefe do Executivo federal teria zombado da gravidade da Covid-19 ao saber da chegada da doença.
“Eu falei que essa doença contagiosa, ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença só vai morrer quem tem que morrer. Ele [Jair Bolsonaro] olha e diz: essa doença não pode parar a economia. Naquele momento, as pessoas iam ser atendidas, no início, mas somente no [hospital] Sírio libanês e no Einstein. Eu disse: e quando chegar no povão, no mais pobre, na Brasilândia, em Paraisópolis, quem é que vai lá?”, disse Mandetta, durante o discurso.