As ações integradas do Governo Federal para auxílio às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul ganham neste sábado um novo instrumento com a instalação de um escritório permanente em Porto Alegre. Os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) desembarcaram neste sábado na capital gaúcha ao lado do presidente da Conab, Edegar Pretto, para dar sequência ao trabalho.
Voltamos ao Rio Grande do Sul para continuar coordenando o trabalho do Governo Federal. Hoje vamos acompanhar a instalação de um escritório permanente em Porto Alegre, que funcionará como base ágil de comunicação entre Governo Federal e municípios atingidos”
Paulo Pimenta, ministro da Secom
“ Voltamos ao Rio Grande do Sul para continuar coordenando o trabalho do Governo Federal. Hoje vamos acompanhar a instalação de um escritório permanente em Porto Alegre, que funcionará como base ágil de comunicação entre Governo Federal e municípios atingidos”, postou Pimenta em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
Segundo o balanço divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul, na manhã deste sábado, o número de municípios afetados diretamente pelas fortes chuvas subiu para 281, o que representa 56,5% dos 497 municípios gaúchos. O número de pessoas afetadas pelas diretamente é de 377.497, das quais 24.666 estão desalojadas e outras 8.296 encontram-se em abrigos. O número de mortos subiu para 56 e o estado contabiliza 74 feridos e 67 desaparecidos.
DOAÇÕES – As agências dos Correios nos estados de São Paulo e do Paraná, além de parte das unidades do Rio Grande do Sul, receberão, a partir desta segunda-feira (6), doações para vítimas das fortes chuvas que caem no estado gaúcho e provocam mortes, desabrigados, feridos e desaparecidos, além de diversos prejuízos e estragos nas infraestruturas locais. A estatal transportará gratuitamente os donativos, sem custo aos doadores.
Os ministros Paulo Pimenta ( @secomvc ) e Waldez Góes ( @midregional ) pousaram agora há pouco na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, para dar seguimento às ações federais de apoio aos municípios atingidos pelas fortes chuvas no estado.
📷 Lucas Leffa pic.twitter.com/teo5Rc7Odk
— Governo do Brasil (@govbr) May 4, 2024
De acordo com Defesa Civil estadual, parceira dos Correios na ação, são necessárias doações de alimentos não perecíveis da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de higiene seco e itens de vestuário. Os Correios vão doar objetos de refugo que estavam sob sua guarda – encomendas que passaram por todas as tentativas de entrega aos destinatários, não foram procurados por eles, nem pelos remetentes e já ultrapassaram 90 dias do prazo para reclamação previsto no Código de Defesa do Consumidor. Neste caso, os desabrigados dos municípios gaúchos receberão itens de vestuário e utensílios domésticos.
Na cidade de Santa Maria, os Correios disponibilizaram caminhões e empregados para auxiliar a Defesa Civil. “Estamos colocando a estrutura logística a serviço da população, atuando de todas as formas que a Defesa Civil Nacional e do estado solicitarem”, afirmou o presidente presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
Acabamos de pousar na Base Aérea de Canoas, eu, ministro @waldezoficial e o presidente da Conab @EdegarPretto . Voltamos ao Rio Grande do Sul neste final de semana para continuar coordenando o trabalho do governo federal. Hoje vamos acompanhar a instalação de um escritório… pic.twitter.com/3J7tL3yZKv
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) May 4, 2024
MUNICÍPIOS – No Rio Grande do Sul, os donativos podem ser entregues nas agências centrais de 39 municípios: São Borja, Santo Ângelo, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobe, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaqua, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butia, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Foutoura Xavier, Guaporé, Ilopolis, Mato Leitão, Nova Brescia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teotoania, Taquari, Venancio Aires e Vera Cruz.
Até sexta-feira (3), do total de 400 agências dos Correios no estado, 86 estavam inoperantes por alagamentos. Uma equipe multidisciplinar tem trabalhado para normalizar os serviços nas unidades afetadas. os clientes podem buscar informações sobre o funcionamento por meio da Central de Atendimento, pelo telefone 0800 725 0100, de segunda à sexta, de 8h as 20h e aos sábados de 8h às 14h.
ALERTAS – Os moradores do estado podem se cadastrar para receber alertas meteorológicos da Defesa Civil. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas. Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual.
ENERGIA, ÁGUA E TELEFONIA – Em todo o estado 350 mil pontos das fornecedoras CEEE Equatorial e RGE Sul, o equivalente a 10,4% do total de clientes, estão sem energia elétrica. Outros 860.952 clientes (14% do total) estão sem abastecimento de água e 128 municípios estão sem serviços de telefonia e internet (63 sem serviços da Tim, 46 da Vivo e 19 da Claro).
ESCOLAS – As aulas estão suspensas em todas as 2.338 escolas da Rede Estadual, impactando a rotina de 199.724 estudantes. Os dados das escolas afetadas por danos, que atualmente servem de abrigo, que apresentam problemas de acesso ou de transporte, entre outros, aponta para 603 escolas em 215 municípios. Desse total, 224 escolas foram danificadas e 30 estão servindo de abrigo.
RODOVIAS – Neste momento, os danos e alterações causados pelas chuvas resultaram em 128 trechos em 68 rodovias com bloqueios totais ou parciais, entre estradas e pontes, de acordo com dados do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), consolidadas com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), abrangendo também rodovias concedidas e as administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Entre os problemas apresentados nos trechos bloqueados estão erosão, queda de barreiras, água sobre a pista ou pista submersa, risco iminente de deslizamento, pontes que cederam, apresentam rachaduras ou estão com a cabeceira desmoronando.