Quatro ministros japoneses renunciaram nesta quinta-feira (14) devido a um escândalo envolvendo denúncias de corrupção dentro do partido do governo. As informações foram divulgadas pela imprensa local.
O escândalo veio à tona após denúncias de que US$ 3,4 milhões (R$ 17 milhões) em subornos foram pagos a membros do Partido Liberal Democrático.
Além disso, existem indícios de que membros do partido não tenham reportado adequadamente os próprios fundos políticos.
Os ministros da Economia e Indústria (Yasutoshi Nishimura), do Interior (Junji Suzuki) e da Agricultura (Ichiro Miyashita) deixaram seus cargos durante a manhã.
Depois, foi a vez do secretário-chefe de Gabinete, Hirokazu Matsuno, que convocou uma coletiva de imprensa para anunciar a demissão. Ele era o principal porta-voz do governo japonês.
“Como também foram levantadas várias questões sobre o meu próprio relatório de angariação de fundos políticos, decidi renunciar ao meu cargo para evitar atrasos no processo político, e apresentei a minha demissão”, disse.
As renúncias já estavam sendo ventiladas pela mídia japonesa nos últimos dias. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, também preparava mudanças no governo para conter a crise provocada pelo escândalo.
Analistas políticos dizem que as denúncias podem prejudicar ainda mais o apoio público à administração de Kishida. Pesquisas recentes mostram que a aprovação dele está no nível mais baixo desde o final de 2021, quando assumiu o cargo.