Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão incomodados segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, com Davi Alcolumbre (União Brasil) pela demora em marcar as sabatinas dos três indicados à Corte. Segundo eles, a demora prejudica os trabalhos do STJ.
Três indicados por Lula ao STJ aguardam a sabatina: os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Santos, de Minas Gerais e do Ceará, e a advogada Daniela Teixeira, escolhida na vaga da OAB.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Alcolumbre disse que não iria marcar as sabatinas até Lula indicar o novo procurador-geral da República (PGR). Ele quer a recondução de Augusto Aras, o que provavelmente não irá acontecer — mas também aproveita para pressionar o governo em relação ao STF, onde há outra vaga aberta.
Em novembro e janeiro, o STJ deve abrir outras duas vagas, das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães, o que deve aumentar a pressão sobre o governo, na avaliação de aliados de Davi. Isso porque os três indicados já poderiam influenciar, de dentro do STJ, as indicações futuras.
A previsão é de que as vagas ainda demorem para serem preenchidas, porém. No STJ, o comentário é de que a pressão de Alcolumbre acaba incomodando mais o Judiciário do que o governo.