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sexta-feira 14 de maio de 2021 às 18:42h

Ministro Queiroga rebate Doria sobre falta de IFA para Coronavac

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (14) que a falta de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a produção da Coronavac no Brasil é uma “questão contratual” entre o Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante no país, e a China.

“A questão do Butantan com a China é uma questão contratual. Espero que esse suprimento de IFA ocorra normalmente e a produção se regularize para que tenhamos também disponível a vacina CoronaVac como tem sido desde o começo do ano”, defendeu Queiroga sem dar mais detalhes.

O governador atribui o atraso à crise diplomática causada por críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China. Segundo o Instituto Butantan, há 10 mil litros dos insumos no país asiático a espera de autorização.

Na declaração de hoje, Queiroga ainda disse que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) tem recebido IFA da China para a produção da AstraZeneca normalmente. Além disso, ele defendeu que o Brasil tem “relações muito boas com todos os países, inclusive com a China”.

“Temos relações muito boas com todos os países, inclusive com a China. É um parceiro comercial importante do Brasil (…) Eu me reuni já pelo menos duas ou três vezes com o embaixador Yang Wanming (embaixador da China no Brasil) e não há nenhum problema diplomático do Brasil com a China”, disse o ministro.

Último lote da Coronavac foi entregue

Nesta sexta, o Instituto Butantan entregou o último lote da Coronavac, de cerca de 1 milhão de doses. A produção da vacina foi totalmente paralisada nesta semana.

“Quando vamos parar? Nós esperamos de fato que o programa estadual não pare. Podemos diminuir o ritmo, mas nos até esse momento não paramos”, disse a coodenadora estadual de imunização, Regiane de Paula.

Até o momento, há vacinas para os grupos anunciados até o próximo dia 21, que inclui pessoas com comorbidades e deficiência permanente.

“Todos sabem, temos um entrave diplomático, fruto de declarações desastrosas feita pelo governo federal contra a China e isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês da liberação do embarque dos insumos”, disse Doria.

Já o presidente do instituto, Dimas Covas, disse hoje que não há previsão de quando deve retomar a produção da CoronaVac. A informação foi dada após ele se reunir com representantes do laboratório Sinovac Biotech, que desenvolve a vacina na China.

Contrato com o Ministério da Saúde

A entrega das doses já faz parte do segundo contrato do Instituto Butantan com o governo federal, de 54 milhões de doses que deveriam ser entregues até o dia 30 de agosto. O primeiro lote, de 46 milhões de doses, foi finalizado na última quarta-feira (12).

Como consequência da falta de vacinas, pelo menos 15 estados brasileiros suspenderam a aplicação da CoronaVac, seja da primeira ou da segunda dose.

Em abril, o Butantan parou de envazar a CoronaVac na fábrica do Brasil, mas continuou com o processo de rotulagem e controle de qualidade para entregar as doses restantes ao Ministério da Saúde.

IFA para vacina da Oxford

A vacina Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz, também precisa do Insumo Farmacêutico Ativo para ser fabricada no Brasil.

Nesta sexta-feira (14), a Fiocruz anunciou que receberá um novo lote de matéria prima no dia 22 de maio e, depois, mais um carregamento para o dia 29.

Confira o calendário de vacinação contra a covid em SP:

  • 6 de maio: 60, 61 e 62 anos
  • 10 de maio: pessoas com Sindrome de Down, Imunossiprimidas pacientes transplantados, pacientes renais em terapia
  • 11 de maio: metroviários e ferroviários; gestantes e puérperas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente entre 55 e 59 anos
  • 14 de maio: pessoas com comorbidades entre 55 e 59 anos
  • 17 de maio: grávidas e puérperas com comorbidades com mais de 18 anos
  • 18 de maio: motoristas e cobradores de ônibus
  • 21 de maio: pessoas com comorbidades entre 45 e 49 anos e pessoas com deficiência permanente (BPC) entre 45 e 49 anos

Saiba quais as comorbidades estão contempladas no Plano Nacional de Imunização:

  • Doenças cardiovasculares
  • Insuficiência cardíaca
  • Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
  • Cardiopatia hipertensa
  • Síndrome coronarianas
  • Volvopatias
  • Miocardiopatias e pericardiopatias
  • Doença de Aorta, dos Grandes Vasos e Fistolas arteriovenosas
  • Arritmias cardíacas
  • Cardiopatias congênitas no adulto
  • Próteses valvares e dispositivos cardiacos implantados
  • Diabetes mellitus
  • Pneumopatias crônicas graves
  • Hipertensão arterial resistente
  • Hipertensão arterial estágio 3
  • Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo
  • Doença cerebrovascular
  • Doença renal crônica
  • Imunossuprimidos
  • Anemia falciforme
  • Obesidade mórbida
  • Cirrose hepática
  • HIV

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