O relator do inquérito dos Portos no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, liberou o processo para a primeira instância, de acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
O caso envolve, entre outros, o presidente Michel Temer, que perdeu o foro privilegiado após deixar a Presidência da República.
Ele foi denunciado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em dezembro do ano passado, por corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
Além de Temer, foram alvo do Ministério Público Federal os responsáveis pela Rodrimar e pela Argeplan, Antônio Celso Grecco e o coronel Lima, além de o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o executivo Ricardo Mesquita e Carlos Alberto da Costa, sócio do coronel.
A acusação aponta movimentação indevida de R$ 32,6 milhões. A investigação foi aberta em 2017, para investigar um decreto editado por Temer. Segundo a denúncia, empresas como a Rodrimar, que opera no porto de Santos, conhecida área de influência do MDB, foram beneficiadas pelo decreto.
Os investigadores apontaram a Rodrimar como uma das empresas que pagaram propina a Temerpor meio das empresas Argeplan, Eliland do Brasil, PDA Administração e Participação LTDA e PDA Projeto e Direção Arquitetônica, ligadas ao coronel João Baptista Lima Filho, aposentado da Polícia Militar paulista e amigo do presidente.