O encerramento da 56ª Sessão Extraordinária do Conselho Nacional de Justiça, na terça-feira (25), marcou a despedida do corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Ele deixa o CNJ nesta quinta-feira (27), data em que assume a presidência do Superior Tribunal de Justiça para o biênio 2020-2022.
O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, agradeceu, em nome de todos os conselheiros, pelo trabalho desenvolvido e pelo legado deixado na corregedoria nacional que, segundo ele, será modelo e servirá de continuidade para as próximas gestões.
Ele ressaltou também alguns dos principais projetos desenvolvidos na gestão do ministro Humberto Martins, como o a implantação do Processo Judicial Eletrônico das Corregedorias (PJeCor); a criação do Fórum Nacional das Corregedorias (Fonacor) e a edição do Provimento 88, que promoveu a integração de notários e registradores no sistema de prevenção à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo.
Toffoli lembrou, ainda, do trabalho do corregedor nacional como coordenador do comitê do CNJ para o acompanhamento e supervisão das medidas de prevenção, tomadas pelos tribunais brasileiros, para evitar a contaminação pelo coronavírus. “A atuação da Corregedoria, sob a liderança do ministro Humberto Martins, foi crucial para que a Justiça brasileira cruzasse os meses iniciais e mais decisivos da pandemia associando a plena continuidade da atividade judicial e notarial com a proteção da saúde dos trabalhadores dessas atividades e do cidadão que necessita desses serviços.”
O ministro presidente também fez votos de uma exitosa gestão ao ministro no STJ, com votos de sucesso na administração do Tribunal do Cidadania. “Vossa Excelência, enquanto notável homem público, deixa um legado de sabedoria, dignidade, trabalho, eficiência, amizade, dedicação, justiça e fé, valores esses que se incorporam ao cotidiano e à cultura institucional. Com essas breves palavras, desejamos muito sucesso na continuidade do seu exitoso percurso!”
Outras homenagens
O conselheiro e ministro Emmanoel Pereira também parabenizou o ministro Humberto Martins por sua marcante passagem na corregedoria nacional. “Este momento não se trata de uma despedida, porque eu penso que o juiz não se despede, o juiz permanece através da sua palavra e de seus escritos. Os seus passos, ministro Humberto, continuarão a ser ouvidos e recordados pela sua maneira de ser e repetidos pelo testemunho daqueles que tiveram o privilégio de conviver com Vossa Excelência.”
O representante da OAB, Francisco Caputo, também prestou sua homenagem. Para ele, uma das principais marcas da administração de Humberto Martins, como corregedor nacional, foi o diálogo constante com o jurisdicionado. “A Corregedoria foi de uma transparência ímpar. Dava notícia de absolutamente tudo o que fazia. É claro que o ministro Humberto Martins teve a sorte de contar com uma equipe de juízes e servidores também, como ele, imbuídos e comprometidos em prestar um serviço público de excelência. E aqui o reconhecimento da advocacia nacional a esse serviço que foi prestado pelo gabinete da Corregedoria.”
Gratidão
Em sua fala de despedida, Martins agradeceu todas as homenagens recebidas, exaltando a convivência colaborativa e fraterna que pode compartilhar com todos os conselheiros, servidores e colaboradores nos dois anos que fez parte do CNJ.
“Sou um homem grato por ter tido a oportunidade de conhecer pessoas capazes, notáveis. Mulheres e homens a serviço do Poder Judiciário, a serviço do Conselho Nacional de Justiça, mas, sobretudo, a serviço do cidadão brasileiro e da cidadã brasileira, amando o Brasil, na esperança de um mundo melhor.”