O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para explicar a exoneração de Wilson César Lira, primo do deputado, do cargo de superintendente do Incra de Alagoas.
Teixeira foi até a residência oficial de Lira, em Brasília, na manhã desta terça-feira (16), horas após a exoneração ser publicada no Diário Oficial da União. Na conversa, explicou de acordo com Igor Gadelha, do Metrópoles, que a troca era necessária para acalmar a relação com o MST.
O movimento vinha cobrando a exoneração do primo de Lira desde 2023. O governo, porém, segurou a troca. A expectativa era de que o próprio Wilson pedisse para deixar o cargo para ser candidato a prefeito este ano, o que não aconteceu.
Para complicar a situação, o MST deflagrou nesta semana uma série de invasões de terra pelo Brasil como parte do “Abril Vermelho”, ação visa pressionar o governo pela reforma agrária. O movimento também ameaçou invadir a sede do Incra em Alagoas.
Lira deve indicar o substituto do primo
Na conversa com Lira nesta terça na residência oficial, o ministro do Desenvolvimento Agrário também disse que o presidente da Câmara poderá manter o controle do Incra em Alagoas, indicando o substituto de seu primo que foi exonerado.
Teixeira ainda negou que a troca no comando do órgão tenha relação com o recente embate público entre o presidente da Câmara e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo.
Lira reclamou
A interlocutores, Lira deixou claro que não gostou da forma como a demissão ocorreu. Ele admitiu que vinha discutindo a mudança com o governo desde a semana passada, mas esperava que a troca só seria oficializada após definir o substituto do primo.