O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), usou os últimos dois meses do ano passado para assinar dezenas de convênios que vão transferir — alguns deles em pleno ano eleitoral — mais de R$ 321 milhões segundo Weslley Galzo, do Estadão, para cidades governadas por prefeitos aliados do seu grupo político no Amapá, onde já foi governador por quatro mandatos. O atual chefe do Executivo estadual também foi beneficiado pelas verbas.
Dentre os municípios beneficiados pelos repasses do governo federal, oito têm prefeitos que devem concorrer à reeleição ou vice-prefeitos em busca de assumir a cabeça de chapa neste ano. A maior parte do dinheiro que vai turbinar os cofres das cidades administradas por esses políticos será destinado a obras de grande apelo eleitoral. Procurado pela reportagem, o MIDR afirmou que “são seguidos rigorosamente todos os critérios técnicos antes da liberação de recursos e, consequentemente, da execução de projetos”, mas não explicou porque apenas governos aliados foram contemplados.
Ainda conforme o jornal, a equipe de Góes assinou 46 convênios entre outubro do ano passado e janeiro deste ano. Os R$ 321 milhões celebrados entre o Ministério da Integração, os municípios e o governo do Estado por meio deste instrumento já foram empenhados – ou seja, a pasta já reservou os recursos, mas ainda não liberou o dinheiro.