O ministro Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou neste último sábado (1º) conforme Paloma Rodrigues, da TV Globo, que a mudança na equipe ministerial vai ser “a que vocês já sabem”.
Macedo foi questionado sobre eventual troca de ministros ao chegar para uma festa junina do PT, em Brasília. Ele não foi específico, mas a possibilidade de troca mais comentada nos últimos dias é a da ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
“Vai ter a mudança que vocês já sabem que vai ter. Está sendo discutida, está sendo construída e vai acontecer de forma consensuada”, afirmou Macedo.
Questionado sobre se a mudança acontecerá nesta semana, Macedo afirmou que é possível que haja novidade na volta da viagem do presidente para a cúpula do Mercosul, na Argentina. Lula participa do evento na terça-feira (4).
“Na volta dele acho que pode ser que aconteça”, completou o ministro.
Mais cedo, Lula foi questionado sobre o mesmo tema. Ele disse que não está preocupado agora com troca de ministros.
“Você me viu falar alguma coisa [sobre a troca]? Quando tiver que fazer, eu faço. Aí vocês vão ficar sabendo”, afirmou o presidente.
Impasse com o União Brasil
O governo tem travado uma longa discussão com o União Brasil sobre sua representação nos ministérios.
Atualmente, o partido tem três pastas: Turismo, Desenvolvimento Regional e Comunicações.
Daniela solicitou desfiliação do partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril. Eleita deputada federal mais votada no Rio de Janeiro pela sigla, Daniela pretende se filiar ao Republicanos.
Com o movimento, integrantes do União Brasil pressionaram o governo Lula para que o comando do Ministério do Turismo fosse trocado. A sigla comanda três pastas na Esplanada. Além do Turismo, comanda o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com Waldez Goés, e as Comunicações, com Juscelino Filho.
A participação do União Brasil na base do governo tem sido a principal polêmica da articulação política da equipe de Lula. Mesmo contando com três ministérios, a bancada de deputados da sigla não se mostra coesa a favor das pautas de interesse do governo no Congresso.
Nenhum deputado do partido votou a favor da mudança no Marco do Saneamento, proposta pelo Palácio do Planalto, por exemplo. Em outro episódio, mesmo votando a favor do arcabouço fiscal, a maioria do partido foi a favor de uma alteração que retiraria R$ 26 bilhões do Executivo em 2024.