sexta-feira 22 de novembro de 2024
Anderson Torres nega ter tratado com o presidente Jair Bolsonaro sobre operação da PF contra ex-ministro da Educação — Foto: Reproducao/Youtube
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domingo 26 de junho de 2022 às 17:00h

Ministro da Justiça nega ter vazado informações sobre operação da PF a Bolsonaro

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O ministro da Justiça, Anderson Torres, declarou na manhã deste domingo (26), por meio das redes sociais, que não conversou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagem dos dois aos Estados Unidos sobre operações da Polícia Federal.

No dia da viagem, em 9 de junho, interceptação da Polícia Federal mostra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro falando para a filha que o presidente havia ligado para dizer que estava com “pressentimento” de que ele poderia ser alvo de busca e apreensão.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF”, escreveu, em sua conta oficial do Twitter. “Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem”, complementou o ministro da Justiça.

Após indícios de interferência do presidente Jair Bolsonaro nas investigações sobre o balcão de negócios no MEC envolvendo pastores para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educacão (FNDE), o juiz Renato Coelho Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, enviou os autos ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O possível vazamento de informações da operação Acesso Pago, da Polícia Federal, foi identificado pelo Ministério Público Federal. Milton Ribeiro acabou sendo preso pela PF no dia 22 de junho e, por força de um habeas corpus, ganhou a liberdade um dia depois.

No diálogo interceptado, Milton Ribeiro fala diretamente para a filha que Bolsonaro havia ligado. “Hoje, o presidente me ligou. Ele está com pressentimento novamente de que eles podem querer atingi-lo através de mim. É que eu tenho mandado versículos para ele, né”, diz.

A filha o questiona em seguida: “Ele quer que você pare de mandar mensagem?”. O ex-ministro responde contando que pode ser alvo da operação. “Não é isso. Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa. Bom, isso pode acontecer né, se houver indícios”, diz.

O advogado do presidente, Frederick Wassef, afirmou que Bolsonaro não interferiu na PF e que o seu nome foi usado indevidamente. O defensor destacou que o seu cliente não tem nada a ver com as gravações.

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