A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, no último fim de semana, do Seminário Vacinação e Movimentos Antivacinação, no Rio de Janeiro. O evento reuniu membros das academias de medicina de diversos países para debater a desinformação a respeito dos imunizantes e a consequente hesitação vacinal da população.
Na oportunidade, os participantes assinaram uma declaração que propõe a criação de uma “Aliança para as Vacinas”. O objetivo do compromisso é atualizar e comparar regularmente as experiências de imunização de cada país e de suas respectivas regiões, bem como elaborar medidas para a sua promoção. O documento também sugere que seja garantido que os programas nacionais de imunização ofereçam a maior cobertura possível com as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente com foco na proteção de crianças, idosos e populações mais vulneráveis.
“Esta é uma oportunidade de discutir um tema que é um grande desafio em todo o mundo, ainda que movimentos antivacínicos não sejam uma novidade, pois eles estão presentes desde o século XIX. Mas, há elementos novos que precisamos nos debruçar”, destacou Nísia Trindade, no seminário.
Durante a sua apresentação, a ministra também traçou um histórico sobre a vacinação e as leis relacionadas a ela no Brasil. E, reforçou que o Ministério da Saúde não vai permitir que a desinformação e informações mentirosas coloquem em risco a vida da população. “Precisamos estar unidos e vigilantes”, alertou.
Realizado na Academia Nacional de Medicina (ANM), na capital fluminense, o Seminário Vacinação e Movimentos Antivacinação também contou com a presença, dentre outras autoridades, do diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa, e da representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross.
Saúde com Ciência
O Ministério da Saúde, em parceria com outras pastas, lançou uma plataforma voltada para a promoção e fortalecimento das políticas públicas de saúde e a valorização da ciência. A estratégia prevê ações que visam identificar e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e responder, de maneira preventiva, aos efeitos negativos das redes de desinformação.
A fase inicial do programa está focada no enfrentamento à desinformação no contexto das vacinas e no desenvolvimento de estratégias para reduzir e mitigar o efeito desses conteúdos nas ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).