O Ministério Público Eleitoral (MPE) analisa se apresenta ação para cassar o registro do candidato a vereador Eliomar Cardoso (PT), suspeito de forjar o próprio sequestro, no município de Iguatu, no Ceará
O que aconteceu
O MPE irá solicitar à PF os documentos sobre a investigação. O órgão cogita apresentar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral que pode culminar na cassação do registro de candidatura, segundo informou o Ministério Público do Ceará ao Uol.
Eliomar Cardoso disse que foi sequestrado na sexta-feira (30), durante ato de campanha em Iguatu. Um vídeo publicado em redes sociais mostrava o candidato amarrado no banco do motorista do carro, com as mãos, os pés e o pescoço presos com arame farpado, já após o suposto sequestro. Na gravação, o político diz que teve seu material de campanha rasgado pelos supostos criminosos.
Candidato chegou a ser socorrido por agentes da Polícia Militar do Ceará e fez boletim de ocorrência.
Assista:
Entretanto, Cardoso simulou o próprio sequestro, segundo a Polícia Federal. Declaração do petista tinha “inconsistências”, disse o órgão por nota. Depois, o político teria confessado a falsa narrativa do sequestro.
Cardoso será indiciado por falsa comunicação de crime. A pena é de um a seis meses de prisão, além do pagamento de multa.
Eliomar Cardoso é servidor público municipal e técnico de enfermagem. Ele concorreu ao cargo de vereador de Iguatu pelo Cidadania em 2020, mas não foi eleito. Sua atual candidatura foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Conforme o órgão eleitoral, o candidato declarou possuir R$ 155 mil em bens.
O Uol tenta contato com o PT-CE e com o candidato sobre o caso. Se houver resposta, o texto será atualizado.