Nesta quarta-feira (6), o Ministério Público da Espanha solicitou a detenção do treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, sob a acusação de fraude fiscal, envolvendo a evasão de 1 milhão de euros em impostos. A requisição visa uma pena de 4 anos e nove meses de prisão.
Segundo as alegações, Ancelotti omitiu de sua declaração de renda os ganhos provenientes da exploração de seus direitos de imagem nos anos de 2014 e 2015. Na tentativa de evitar a tributação, o técnico teria recorrido a um esquema “confuso e complexo” envolvendo trusts e empresas para direcionar a cobrança de seus direitos de imagem, simulando a transferência desses direitos para empresas com “atividade fictícia”.
As acusações se referem ao período inicial em que Ancelotti esteve no comando do Real Madrid, tendo assinado contrato em julho de 2013. Durante esse acordo, ele teria transferido seus direitos de imagem para a empresa Vapia Limited por um período de 10 anos, a um valor de 25 milhões de euros.
Um dia depois, a empresa nomeou Ancelotti como seu representante, concedendo-lhe “máximos poderes de atuação para gerir seus direitos de imagem”. Depois, foi formalizado um acordo que modificava o prazo de duração do acordo para três anos e o valor dos direitos em 1 milhão de euros.