O Ministério Público obteve autorização da Justiça para aprofundar as investigações que apuram o coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan dos Santos, pela suspeita de irregularidades em transações financeiras milionárias e de lavagem de dinheiro envolvendo ele e seus familiares. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, agora o MP aguarda o resultado de uma quebra de sigilo ampliada sobre as movimentações consideradas suspeitas.
Segundo a reportagem, Renan e a irmã Stephanie teriam movimentado R$ 1,8 milhão por meio da empresa Angry Cock, sediada em um bairro humilde na cidade de Simões Filho, na Bahia. O periódico também obteve acesso “a três denúncias oferecidas até o fim do ano passado, por fraudes em licitações milionárias — decorrentes da mesma investigação —, contra o empresário Alessander Monaco, ligado ao MBL. Renan foi acusado de tráfico de influência em benefício deste empresário, mas a acusação contra ele foi rejeitada pela Justiça.”
A reportagem ressalta, ainda, que dados da Receita Federal apontam que “ Renan e familiares são donos de empresas quebradas e inativas que somam R$ 396 milhões em dívidas”. O órgão diz que o o “segredo do sucesso” da família é “simples”: “Eles não declaram nem pagam os tributos devidos, e, com isso, enriquecem com a apropriação indevida dos tributos pagos pelos consumidores finais”.