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O Ministério Público de Mato Grosso abriu inquérito policial para apurar a prática dos crimes de difamação, injúria, ameaça e associação criminosa pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e outras duas pessoas, contra o ex-presidente Lula. Em outdoors espalhados pela região de Rondonópolis (MT), Lula é chamado de “maldito”, “traidor da pátria” e “bandido”.
A investigação foi aberta segundo Congresso em Foco, após apresentação de notícia-crime pelo Partido dos Trabalhadores (PT) à Polícia Civil de Mato Grosso. “Observa-se, portanto, que o quadro aqui exposto revela uma possível prática não apenas do crime de associação mas, também, de injúria e difamação por parte do deputado estadual Gilberto Cattani e outros”, diz o procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda.
O deputado estadual do partido do presidente Jair Bolsonaro e os outros denunciados também foram acionados no Tribunal Superior Eleitoral pelos advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, do PT, por propaganda eleitoral antecipada. A defesa alega que outodoors semelhantes foram instalados em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
O painel em Mato Grosso foi instalado pelo Movimento Conservador de Rondonópolis na BR-364, no município, em fevereiro. Houve convocação no Facebook para participação do ato de inauguração. A instalação, segundo os advogados petistas, foi uma resposta ao convite feito pelo prefeito da cidade, José Carlos do Pátio, ao ex-presidente Lula.
Na ocasião Cattani publicou em suas redes sociais uma foto com outras pessoas na inauguração do outdoor e se referiu ao petista como o “maior ladrão do país”. “A iniciativa do povo rondonopolitano é uma amostra de que o Brasil não aceitará novamente um bandido no governo”, publicou. Também são alvos da investigação Thiago Mota de Lima e Michel Pagno, do Movimento Conservador de Rondonópolis. O portal não conseguiu contato com o deputado estadual nem com os integrantes do grupo de direita. O espaço está aberto caso queiram se manifestar.
