O setor industrial responde por uma parcela significativa do consumo de energia do país, sendo responsável por cerca de 32% do consumo em 2022, segundo Balanço Energético Nacional, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As projeções do Plano Decenal de Expansão de Energia para 2032 indicam um aumento nessa participação, alcançando 45% do consumo energético nacional.
Considerando a importância e impacto do setor industrial, o Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com diferentes industrias, vem impulsionando de forma significativa a eficiência energética do setor por meio de programas inovadores como PotencializEE e Aliança. Estes programas representam uma abordagem abrangente e colaborativa para impulsionar a eficiência e a competitividade nesse setor no país.
“Em meio aos desafios globais de sustentabilidade, esses programas oportunizam a indústria brasileira a modernizarem as práticas operacionais, abraçando tecnologias mais eficientes e sustentáveis. Isso não apenas reduz os custos de produção, mas também coloca as empresas em uma posição competitiva no mercado global, alinhando-se com as demandas crescentes por responsabilidade ambiental. Isso permite que elas também façam mais investimentos gerando emprego e renda para a população”, pontua o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Os programas PotencializEE e Aliança têm gerado impactos positivos palpáveis na indústria brasileira. Empresas participantes relatam significativas reduções nos custos operacionais, aumento da eficiência produtiva e a conquista de mercados mais exigentes em relação à sustentabilidade. Por meio do Programa Aliança já foram investidos 9,6 milhões de reais nos dois ciclos do programa, que promoveram a redução de consumo de 611 GW/hora por ano com redução de custos operacionais de cerca de 121,5 milhões de reais por ano.
No caso do programa PotencializEE – Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria – são atendidas indústria de pequeno e médio porte. Na primeira fase, foram atendidas industrias do estado de São Paulo, agora a iniciativa está sendo estendida para todo o Brasil. A primeira fase do programa teve como meta o atendimento de 425 empresas, a certificação de cerca de 100 consultores, a redução no consumo de energia de 7267 GWh, com 1,1 milhões de tonCO2eq evitados.
Além disso, ao adotar práticas mais eficientes, as empresas contribuem para a segurança energética do país, reduzem a demanda por recursos não renováveis e as emissões de gases de efeito estufa. Esses benefícios fortalecem a indústria e posicionam o Brasil como um protagonista na transição global para uma economia mais verde.
Unindo Forças para a Eficiência Energética
O programa Aliança – também promovido pelo Ministério de Minas e Energia-, destaca-se pela abordagem colaborativa. Ao criar uma aliança entre empresas, instituições de pesquisa e o governo, a iniciativa incentiva a troca de conhecimentos e experiências, impulsionando a inovação e a implementação acelerada de práticas eficientes na indústria.
A Aliança serve como um catalisador para a criação de uma rede de colaboração, na qual os participantes compartilham desafios, soluções e melhores práticas. Essa abordagem coletiva não só acelera a adoção de medidas eficientes, mas também fortalece o tecido industrial, promovendo uma cultura de sustentabilidade e inovação.
Mais sobre o Programa PotencializEE
O PotencializEE é um programa de cooperação Brasil-Alemanha que promove eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais atualmente no estado de São Paulo. A iniciativa visa transformar o cenário da eficiência energética na indústria. Com enfoque em auditorias especializadas e implementação de soluções customizadas, o programa oferece suporte técnico e financeiro para empresas que buscam reduzir o consumo de energia.
Liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa é coordenado em parceria com a GIZ Brasil, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial ( SENAI) , o Banco do Estado de São Paulo ( Desenvolve SP ) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ).
Também são parceiros a Empresa de Pesquisa Energética ( EPE ), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( FIESP ), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia ( ABESCO ) e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica ( Procel ).