A Telebras, entidade vinculada ao Ministério das Comunicações (MCom), está completando 51 anos. Durante solenidade, nesta quinta-feira (9), em Brasília, a empresa pública apresentou seus principais projetos para o ano de 2024, dentre os quais estão as políticas públicas de inclusão digital e social desenvolvidas em parceria com o MCom para levar conectividade a milhões de famílias que vivem em áreas remotas do país.
A secretária Executiva do MCom, Sônia Faustino, ressaltou a importância da Telebras para o povo brasileiro e, como consequência disso, a empresa pública foi a retirada da do Programa Nacional de Desestatização (PND) logo no início do governo Lula. “Desde a sua criação, a Telebras busca atender as necessidades da sociedade. Atualmente, seu papel é levar conectividade para áreas remotas. Se estamos buscando um mundo com mais igualdade, precisamos olhar para todos e qualquer cidadão, em qualquer localidade, precisa de conectividade”, ressaltou Sônia Faustino.
A Telebras possui mais de 20 mil pontos de conectividade instalados em todo Brasil, beneficiando quase 3 mil municípios. São unidades de saúde e segurança pública, comunidades indígenas e quilombolas, assentamentos rurais, centros de assistência social, e mais de 14 mil escolas públicas, que estão conectadas por meio da tecnologia do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
“Milhões de brasileiros são impactados diariamente pelos serviços prestados pela Telebras. Hoje, não existe inclusão social sem inclusão digital e não existe inclusão digital sem infraestrutura. E o papel da empresa é prover a infraestrutura, sendo um dos instrumentos de inclusão digital desse país, tornando realidade um dos sonhos do presidente Lula”, destacou o presidente da Telebras, Fred Siqueira Filho.
A internet banda larga via satélite também auxilia em ações humanitárias. Somente este ano, foram distribuídas 45 antenas de internet para regiões atingidas pelas fortes chuvas, como municípios do Maranhão (MA) e do Rio Grande do Sul (RS); além de situações de saúde pública como ocorrido no Território Indígena Yanomami (RO) e no município de São Sebastião (SP).
Rede privativa de comunicação
Dentre as demais ações previstas para 2024, está a Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal. O conjunto de redes com alta segurança é uma obrigação proveniente do Edital 5G e a sua construção está a cargo da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF). Será composta por uma Rede Móvel e uma Rede Fixa.
A Rede Móvel terá padrão tecnológico igual ou superior ao 4G com cobertura inicial para a área urbana do Distrito Federal e, em seguida, irá se estender a todas as 27 capitais brasileiras. Serão disponibilizados 150 mil acessos de usuários para os órgãos públicos federais, e deverá cobrir as principais rodovias e o aeroporto. Além disso, permitirá a integração com os sistemas de Segurança Pública, Forças Armadas e de infraestrutura. Já a Rede Fixa consiste na implantação de redes terrestres ópticas, complementares aos cerca de 30 mil quilômetros da rede já existente da Telebras. Deve ser composta por redes metropolitanas e redes de acesso para atender pelo menos 6,5 mil pontos de governo.
A Rede Privativa contará ainda com a integração da SGDC da Telebras, que cobre todo o território brasileiro na banda Ka, e atuará não só na cobertura dos pontos mais remotos do país, como será uma alternativa para se estabelecer mais fortemente a comunicação nas áreas de fronteira, e também servirá como alternativa às Redes Móvel e Fixa.