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terça-feira 27 de outubro de 2020 às 16:03h

Ministério da Saúde investe no atendimento humanizado de gestantes em todo o país

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Um modelo humanizado de atenção ao parto e ao nascimento no Sistema Único de Saúde. É o que propõe o projeto Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. A ação, que completa 10 anos em 2021, vem ganhando cada vez mais incentivos do Governo Federal.

“A Rede Cegonha é a principal estratégia do país para qualificação da assistência materno infantil. Ela está prestes a completar dez anos e, ao longo desse período, já foram realizados investimentos da ordem de R$ 188,5 milhões”, disse a coordenadora da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Janini Gerani.

A Rede Cegonha propõe a melhoria do atendimento na rede pública de saúde às mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto e também oferece atendimento ao recém-nascido e às crianças de até 2 anos de idade. O programa concede, ainda, orientações sobre o planejamento familiar. Um dos objetivos é reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes.

“A Rede Cegonha bebeu bastante dos princípios da humanização e preconiza que mulheres e recém-nascidos tenham direito à ampliação de acesso, ao acolhimento, à melhoria da qualidade no pré-natal, ao transporte seguro às consultas de pré-natal e também para o parto”, explicou a coordenadora.

Atualmente, o país conta com 270 serviços hospitalares habilitados na Rede Cegonha espalhados por todo o país. São 198 Centros de Referência à Gestação de Alto Risco; 32 Casas de Gestante, Bebê e Puérpera; e 40 Centros de Parto Normal. A Rede Cegonha conta, ainda, com 222 bancos de leite humano.

Recentemente, os estados do Piauí, Pernambuco e Bahia receberam novas unidades habilitadas para oferecer a Rede Cegonha.

“A implementação e a expansão da Rede Cegonha obedece a critérios epidemiológicos, critérios técnicos. E os principais indicadores para a expansão da rede estão relacionados à mortalidade infantil e à razão de morte materna, além da densidade populacional”, disse a coordenadora da Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

ancilene Nascimento teve a caçula na casa de Parto de São Sebastião, no Distrito Federal, que conta com o Rede Cegonha. Foto: Arquivo Pessoal

Francilene Nascimento teve três filhos na casa de Parto de São Sebastião, no Distrito Federal, que conta com o Rede Cegonha. O caçula nasceu na semana passada. Para ela, o projeto ajuda a trazer segurança às mães.

“Eles cuidam da gente e dão muita atenção na hora que a gente entra. Desde o começo. Eles auxiliam como a gente quer ter o bebê. É muito bom”, disse Francilene.

Novos investimentos

A coordenadora da Saúde da Criança do Ministério da Saúde anunciou novos investimentos que serão realizados ainda neste ano dentro do projeto Rede Cegonha.

“Em 2020, está previsto um grande investimento para renovação de parque tecnológico das maternidades, inclusive, também, dos bancos de leite humano, além de reforma das unidades de UTI neonatal. Ao todo, vão ser 175 bancos de leite, dos 222 que a gente dispõe na rede, com novos equipamentos, além da criação de cinco novos bancos de leite humano. Além disso, 19 centros do método canguru também serão reformados. O investimento total para esses serviços é da ordem de R$ 21,8 milhões ”, anunciou Janini Gerani.

Como habilitar os serviços da Rede Cegonha

Para implantar e habilitar os serviços da Rede Cegonha, os gestores locais devem inserir a solicitação dos serviços hospitalares de referência com a devida documentação no Sistema de Apoio à Implementação de Políticas de Saúde (SAIPS). Após avaliada e aprovada, a solicitação será publicada por meio de portaria pelo Ministério da Saúde.

“É uma rede muito cara e muito potente que tem muito a crescer; e segue sendo, aí, uma grande esperança para a gente reduzir a mortalidade infantil, reduzir a mortalidade materna e alcançar também os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, finalizou a coordenadora do Ministério da Saúde.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um apelo universal para proteger o planeta e garantir que todas as pessoas tenham dignidade.

Foram criados no Brasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro, em 2012. Servem como uma orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes.

Entre os 17 ODS, estão a erradicação da pobreza; a saúde e o bem-estar; a educação de qualidade, a igualdade de gênero; e a redução das desigualdades.

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