O Ministério da Economia calculou que a dívida bruta do país chegará a 93,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e que a dívida líquida avançará a 67,6% do PIB, conforme apresentação divulgada nesta sexta-feira, que considera a estimativa oficial de contração de 4,7% para a economia.
Em dezembro de 2019, esses números eram de 75,8% e 55,7% do PIB, respectivamente.
As projeções levaram em conta o impacto de medidas ainda não formalmente aprovadas, como o projeto de ajuda a Estados e municípios. Sob esse critério, o déficit primário para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) foi estimado em 675,7 bilhões de reais –9,4% do PIB.
Mais cedo, o relatório bimestral de receitas e despesas havia previsto um rombo primário de 540,534 bilhões de reais para o governo central em 2020, mas incorporando apenas as ações já respaldadas por lei, aprovadas e sancionadas.
Para o setor público consolidado, incluindo Estados, municípios e estatais, o Ministério da Economia previu déficit primário de 708,7 bilhões de reais neste ano, equivalente a 9,9% do PIB.