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O edifício do Pentágono em Washington - Foto: AFP/Arquivos
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terça-feira 5 de março de 2024 às 10:36h

Militar se declara culpado de vazar segredos do Pentágono

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O militar americano Jack Teixeira, de 22 anos, que foi acusado de vazar documentos ultrassecretos do Pentágono na internet, declarou-se culpado nesta última segunda-feira (4). Jack e sua defesa fizeram um acordo, no qual o indiciado aceitou uma pena de prisão de mais de 16 anos em troca da retirada de acusações de espionagem mais graves.

Teixeira declarou-se culpado em Boston de seis acusações de divulgação intencional de informações sobre defesa nacional, mas, pelo acordo fechado entre os promotores e seus advogados, ele não enfrenta acusações de espionagem.

Em contrapartida, Teixeira será sentenciado a até 16 anos e 8 meses de prisão, segundo o acordo, e terá que pagar uma multa de 50.000 dólares (R$ 247.000) e ajudar os funcionários de inteligência a compreenderem o alcance e o impacto de suas revelações feitas na plataforma de redes sociais Discord.

“Teixeira ignorou friamente a segurança nacional dos Estados Unidos e traiu seu juramento solene de defender o país e a confiança do povo americano”, declarou o vice-procurador-geral de Massachusetts, Matthew Olsen.

Quando o juiz principal lhe perguntou se tinha alguma objeção em relação às provas, Teixeira disse que não. Quando perguntado se sabia que os documentos eram classificados, respondeu: “Sim, meritíssimo”.

Teixeira, que atuava na Guarda Nacional Aérea como especialista em informática e comunicação na base de Cape Cod, perto de Boston, foi preso em abril do ano passado por supostamente orquestrar o vazamento mais prejudicial de documentos reservados dos Estados Unidos em uma década.

Os vazamentos revelaram, em especial, as preocupações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos sobre a viabilidade de uma contraofensiva ucraniana contra as forças russas. Também sugeriam que Washington coleta informações classificadas sobre seus aliados mais próximos, como Israel e Coreia do Sul.

Matthew Olsen ressaltou que “as revelações ilegais afetaram a capacidade do serviço de inteligência, comprometeram fontes e métodos e cegaram os Estados Unidos diante das ameaças de nações hostis e grupos terroristas”.

Teixeira foi preso em 13 de abril, em uma operação dramática, transmitida ao vivo pela TV. Se tivesse enfrentado acusações sob a Lei de Espionagem, poderia ter sido condenado à prisão perpétua.

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