O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregou à Polícia Federal no último domingo (24) porque a instituição configura um lugar neutro, segundo o secretário de segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, nesta terça-feira (28).
“A questão de estratégia de se entregar na Polícia Federal foi um acordo onde todos os atores acharam por bem que seria um local neutro. Inclusive, o governador Claudio Castro tinha conhecimento disso”, disse.
Questionado sobre se zinho corria riscos, Santos disse que ele foi isolado no presídio para que ficasse a salvo. “Hoje, a custódia do Zinho é responsabilidade do estado. O fato de ele estar em uma cela isolada é para garantir a integridade física dele.”
Zinho está isolado em uma cela de cerca de 5 m² da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ele se entregou à Polícia Federal (PF) após uma negociação —que durou uma semana— entre sua defesa e a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio.
A princípio, Zinho não terá direito a banho de sol para não ter contato com outros presos. As refeições do miliciano serão servidas na própria cela.
O espaço é composto por uma cama de alvenaria, inteiriça à parede, com um colchão. A mesma estrutura dá numa pequena cômoda onde são servidas as refeições.
Santos também falou sobre eventual delação premiada de Zinho. Para o secretário, uma delação depende muito das orientações da defesa ao miliciano.
“Isso vai depender muito da orientação dos advogados, do que ele pode oferecer de informação e, obviamente, quais benefícios ele poderia obter com essa delação”, disse.