Cerca de 85% dos australianos com mais de 16 anos estão totalmente vacinados.
Os manifestantes tomaram as ruas das principais cidades do país para protestar contra a vacinação obrigatória, a qual é exigida apenas em alguns estados e territórios para determinados grupos profissionais.
Em Melbourne, milhares de pessoas pediram a prisão do primeiro-ministro do estado, Daniel Andrews, opondo-se a um projeto de lei que dá ao governo de Victoria mais poderes para lutar contra a pandemia.
Não houve confrontos com a polícia, ao contrário do ocorrido em manifestações anteriores.
Nesta mesma cidade, cerca de 2.000 pessoas compareceram a uma contramanifestação, uma das primeiras deste tipo desde o início da pandemia.
“Estou aqui, porque estou enojada com o que está acontecendo nas ruas da minha cidade, Melbourne”, disse Maureen Hill à AFP, referindo-se ao protesto antivacinas.
“Tudo o que foi feito, foi feito para salvar vidas. Quer dizer, incomodou muitas pessoas e afetou muitas pessoas, mas é uma pandemia mundial. O que mais podemos fazer?”, questionou, em alusão às medidas de saúde pública adotadas pelas autoridades.
Em Sydney, até 10.000 pessoas compareceram aos protestos, de acordo com a polícia.
Com mais de 25 milhões de habitantes, a Austrália registrou mais de 195.000 casos e 1.933 mortes relacionadas com o coronavírus.