O presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-chefe da Casa Civil, decidiu lançar a pré-candidatura de Michelle Bolsonaro (PL). Vejam a declaração dele em reportagem da jornalista Vera Rosa.
“Quem sabe não está na hora de ter uma mulher da direita como candidata ao Planalto? Mas isso é uma decisão do presidente Bolsonaro. Quem ele apoiar, eu garanto que levo apoio dos progressistas”, disse Ciro Nogueira.
O senador não é o único líder de direita que vê Michelle como herdeira natural de Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível.
Impedido por decisão judicial de conversar com o líder da extrema-direita, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem reforçado a alguns interlocutores o potencial político da ex-primeira-dama.
Michelle é aquela peça no xadrez que sabe falar em público – melhor até segundo o colunista Matheus Leitão, da Veja, que Bolsonaro. Aprendeu isso nas igrejas. Púlpito não deve nunca ser palanque, mas as igrejas pentecostais brasileiras não tem respeito algum por isso, diz o colunista.
Mas, através das igrejas, ela foi aprendendo a manusear o microfone. Nas igrejas protestantes e evangélicas há a prática de incentivar a fala dos fiéis, ao contrário da Igreja Católica em que o padre é quase o único a falar. Esse estímulo ao pronunciamento, aos testemunhos, à comunicação… revela talentos de oratória.
O discurso dela é baseado em fórmulas desenvolvidas na Igreja e em expressões repetidas pelos pastores. Tem ganhado ainda mais experiência viajando o Brasil através do PL Mulher. Ciro Nogueira já entendeu. Valdemar, também.
Falta apenas combinar com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, hoje candidato natural, mas que ainda precisa sair do Republicanos para o PL, agradando Bolsonaro e abandonando uma reeleição certa em São Paulo.
Se 2024 fosse 2026, Michelle seria a vice numa chapa encabeçada por Tarcísio, diz o colunista da Veja.