A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu nesta terça-feira, 30, que, apesar de as metas de resultado primário do governo federal serem “desafiadoras”, o objetivo é “crível”. Para 2023, a equipe econômica quer alcançar um déficit primário de cerca de 1%. “Vamos reduzir déficit primário pelo menos pela metade neste ano”, reforçou Tebet em live promovida pelo Valor Econômico e O Globo.
Ela foi questionada sobre o esforço que o governo terá para bancar as metas, a partir do novo arcabouço, diante dos desafios do ponto de vista da receita. “Meu papel é ser mais fiscalista, fazer caber demandas em arcabouço sustentável”, destacou, voltando a defender uma revisão periódica de gastos para garantir a qualidade e a eficiência das políticas públicas. “Saímos da pandemia com déficits social e fiscal. Tivemos que fazer PEC para repor políticas públicas”, disse.
Também na live, o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou ainda não ser possível fazer o “mesmo ajuste de sempre”, que afeta as políticas que atendem a população mais pobre do País.
“Seria reproduzir algo feito na história do País”, afirmou Galípolo, para quem está ficando “muito claro” que a Fazenda investe no movimento de explicitar renúncias fiscais que existem “há muito tempo” e precisam ser avaliadas por não se revelaram “a maneira mais interessante de subsídio”. “É preciso separar criação de impostos, que temos evitado, com evidenciar renúncias (…) Nossa preferência é por esforço fiscal no mais progressivo”, comentou.