Nos últimos dois meses, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem sido alvo de um bombardeio de intrigas, maledicências e até de dossiês que circulam dentro do próprio governo. Os petardos vêm de várias direções, como mostrou a revista Veja nesta última semana. Os ataques vem de múltiplas direções, mas o foco principal é o Congresso.
Há poucos dias, o governo liberou 140 milhões do orçamento do ministério. Desse total, 130 milhões foram destinados para recuperação de estradas em áreas rurais e compra de equipamentos em sete municípios do Mato Grosso.
O esperado era que a quantia fosse usada para atender demandas de deputados e senadores de outros estados. O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), ligou para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e cobrou explicações. Fávaro, que tem pretensões de concorrer ao governo do Mato Grosso nas próximas eleições, não consultou os parlamentares.
O ministro garantiu na revista Veja ter validado os recursos com a Casa Civil em um plano para melhorar as estradas vicinais do país. “Essa é uma prioridade desse ministério e eu validei isso com o ministro Rui Costa. Isso não prejudica a relação com o Congresso”, disse Fávaro.
Pressionado pelos aliados no Congresso, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, enviou um pedido para que o ministério da Agricultura estude uma forma de cancelar os recursos e rever a destinação. Fávaro informou que não pretender voltar atrás. Afirma que tudo que faz é combinado com o presidente Lula.