A nove meses das eleições municipais, o partido Novo já bateu o martelo sobre quem será o nome que o representará na corrida à prefeitura de Curitiba. Em ofícios enviados aos institutos de pesquisa espalhados por todo o país, a sigla solicitou que apenas o nome do ex-deputado federal Deltan Dallagnol fosse levado em consideração pelas amostras.
“Partido Novo vem respeitosamente perante Vossa Senhoria, dar-lhe ciência inequívoca de que o filiado Deltan Dallagnol é pré-candidato para disputar o cargo de Prefeito de Curitiba na eleição de 2024, notificando-lhe, por consequência, para que o nome dele seja incluído nas pesquisas de opinião que forem realizadas para conhecimento público, relativas à supramencionada disputa eleitoral”, diz documento obtido pelo GLOBO, enviado para instituições como Paraná Pesquisas e Datafolha.
Cassado em maio passado, o ex-procurador da Lava-Jato perdeu seu mandato com base na Lei da Ficha Limpa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que Deltan deixou o Ministério Público para escapar de possíveis punições. A decisão, contudo, não menciona se ele estaria ou não impedido de concorrer no período de oito anos, o que também é objeto de discordância entre especialistas.
Por este motivo, o Novo pagará para ver se sua candidatura será impugnada. Caso seja, há outros nomes no páreo. No início de novembro, o ex-procurador já havia sinalizado que poderia concorrer à prefeitura. Na ocasião, outros nomes também haviam sido colocados à mesa: o de sua esposa, Fernanda Dallagnol, e o das vereadoras Amália Tortato e Indiara Barbosa.
O partido vem investindo no capital político de Deltan para alavancar o número de filiados e anunciar seus pré-candidatos. Desde o ano passado, o político tem participado de viagens ao redor de todo o país.
No ano passado, o Novo perdeu o direito à tempo de televisão o acesso às verbas públicas justamente por ter ficado abaixo deste limiar. Desde então, o partido tem funcionado com o dinheiro do fundo partidário de anos anteriores que havia sido investido em fundos monetários. A expectativa interna é de que as eleições municipais ajudem no crescimento.