A Polícia Federal acredita ter identificado um mercado de ‘pacotes de corrupção’ no Tribunal de Justiça do Tocantins. Relatório da Operação Máximus, que levou ao afastamento sumário de cinco desembargadores e quatro juízes de primeiro grau sob suspeita de ligação com venda de sentenças, indica uma rotina de propinas que teriam sido pagas em processos distintos.
“O mercado de ações judiciais é tão assustador que os potenciais clientes buscam fazer pacotes para os supostos atos de corrupção”, afirma o delegado da Polícia Federal Daniel César do Vale, da Delegacia de Combate à Corrupção, Desvio de Recursos Públicos e Crimes Financeiros.
A investigação da PF mira a presidente da Corte estadual, desembargadora e a vice. Também são investigados os desembargadores, além do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.
Outros alvos da Operação Máximus são os juízes – até o ano passado um deles estava atuando como auxiliar da Corregedoria da Corte estadual.
Na ocasião da operação, a desembargadora disse ter recebido com “indignação e repúdio o indevido envolvimento” de seu nome na Operação da PF e negou qualquer irregularidade.