Um dos desembargadores delatados por José Carlos Reis Lavouras, ex-presidente do Conselho de Administração da Fetranspor, o sindicato das empresas de transporte de passageiros do RJ, está um pouco mais encrencado que os colegas também citados na colaboração.
Na delação, conforme a coluna de Guilherme Amado, o desembargador Lavouras afirmou que Cherubim Helcias Schwartz Júnior pediu propina de R$ 500 mil para dar uma decisão judicial favorável nos autos de um processo distribuído à 12ª Câmara Cível, da qual era o desembargador revisor.
O agravante é que os investigadores têm em seu poder mensagens trocadas por Cherubim com Eneas da Silva Bueno, diretor financeiro do Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), parceira da Fetranspor em muitos dos atos ilícitos descobertos pela Lava Jato do Rio.
E o teor delas não ajuda Cherubim. O desembargador tem dito a amigos que é inocente e que provará sua inocência na Justiça.