Michelle Alejandra Arellano Guillén é uma criança de 9 anos que está se preparando para fazer Medicina. Ela é superdotada e mora em Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, no sudeste do México. Apesar de ser um gênio, ela tem muitos sonhos, de acordo com a versão espanhola da emissora CNN: quer ser atriz e bióloga marinha, mas também gostaria de encontrar uma cura para o câncer e desenvolver um programa para ajudar crianças com autismo.
Com quociente de inteligência (QI) de 158, praticamente o mesmo do físico alemão Albert Einstein e do astrofísico britânico Stephen Hawking, a menina faz parte do grupo estimado de um milhão de crianças superdotadas do México, de acordo com o Centro de Atenção ao Talento (Cedat), uma organização focada no cuidado e monitoramento de crianças superdotadas.
“Quero ser como minha mãe e como meu pai porque quero salvar vidas”, diz Michelle, citada pela CNN. Ela auxilia seus pais, ambos cirurgiões, na sala de operações. Ela gosta de ser uma espécie de instrumentadora, conta a mãe, Karina Guillén Cruz.
A jovem mexicana fala quatro idiomas (inglês, francês, alemão e italiano). Ela tinha um ano e meio quando aprendeu inglês ouvindo o pai, que também fala vários idiomas, e foi ele quem lhe ensinou o básico antes de levá-la para uma escola para continuar aprendendo. Aos 4 anos, já sabia ler e escrever.
Segundo o Cedat, citado pela emissora, a superdotação intelectual equivale a um QI superior a 130, enquanto a média da população é de 100 pontos.
Quando Karina soube que sua filha era uma menina especial, procurou por escolas especializadas em toda Chiapas, mas cinco a rejeitaram porque não tinha idade estabelecida para a série que queria cursar. “A primeira coisa que fiz foi tentar ajudar e apoiar porque senti que estava indo contra a corrente de um sistema educacional que não permite que eles avancem em seu próprio ritmo”, conta a mãe à CNN.
A situação é tão bizarra que a menina gênio de 9 anos precisa ter aulas online de Física, Biologia, Química e Álgebra com professores de fora do estado. “Não há professor preparado [em Chiapas] para ensinar esse tipo de criança que tem uma aprendizagem especial”, comenta Karina Guillén.
Antes de começar as aulas online, Michelle chegou a frequentar uma escola tradicional, com outras crianças, mas ficou entediada. “Bem, o ensino fundamental era chato porque as outras crianças aprendem coisas que eu já vi ou às vezes eles explicam e eu já entendi […] Eu fico entediada e às vezes eu desenho, pinto e eles me repreendem por fazer isso”, conta a menina á emissora.
Após fazer exames de conclusão dos ensinos fundamental e médio, a garota está decidindo em qual universidade quer estudar Medicina. A mãe garante que ainda estão avaliando as opções, há até uma opção nos Estados Unidos.
Michelle Guillén gosta de pintar e fazer origami, mas adora esportes. Ela é tão talentosa que ganhou 180 medalhas em competições de natação, revela a CNN. Basquete, taekwondo e patinação são outros esportes que a menina curte praticar.