Seis membros do Congresso dos Estados Unidos enviaram na última semana uma carta ao Governo Biden em que requerem a aplicação de diversas restrições à Didi, empresa chinesa responsável, por exemplo, pelo controle da 99 Taxi no Brasil. Entre os pedidos dos políticos estão a proibição do uso de produtos e serviços da Didi por militares e participantes do governo norte-americano.
No documento, os congressistas afirmam que o Ministério de Segurança Estatal chinês está bastante envolvido com a Didi por meio de ações regulatórias, com membros do governo chinês presentes em escritórios da companhia e com acesso aos dados por ela coletados. Em se tratando de uma empresa que opera com base na análise de informações colhidas de seus usuários, que ultrapassam os 335 milhões por todo o mundo, a quantidade de dados de que se fala é significativa.
Assim, nomes, profissões, idades e endereços visitados por quem usufrui de aplicativos como o 99 Taxi são informações que a Didi recolhe e que, de acordo com os políticos dos Estados Unidos, podem estar sendo passadas ao Estado chinês. Com base nessa suspeita, eles requerem ainda o lançamento de uma investigação aprofundada da empresa.
A carta menciona ainda a presença da Didi em países aliados dos EUA, como a Austrália, e em seus vizinhos, o que deixaria os Estados Unidos ainda mais vulneráveis em caso de mau uso dos dados coletados. Segundo os congressistas, é preciso ter em mente que o Ministério de Segurança Estatal da China pratica espionagem e ataques cibernéticos contra a nação e seus aliados com frequência.