De acordo com o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA), as expectativas dos médicos do Samu de Ilhéus estão voltadas agora para o próximo dia 25, quando a prefeitura finalmente dirá quanto vai propor de reajuste salarial.
“O salário mensal líquido é um dos mais baixos do Brasil, R$ 3.600, o que, somado às carências materiais do serviço, vem desestimulando a permanência no Samu. Cinco médicos já se desligaram por estes motivos e outros cogitaram sair em massa em função da demora em ver os problemas solucionados’’.
Ainda de acordo com o sindicato, a mais recente reunião aconteceu dia 27 de abril entre os médicos e a secretária municipal de Saúde, Elizângela Oliveira, que informou terem sido alugadas duas ambulâncias cuja previsão de entrega é para o próximo dia 15.
O serviço tem quatro delas, mas apenas uma apresenta condições de funcionamento. Informado sobre os sérios problemas no Samu de Ilhéus, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, foi ao município participar da reunião e reforçar a luta por melhor salário e condições de trabalho.
“Outra grave queixa dos médicos é sobre o não pagamento do adicional de insalubridade, há cerca de um ano e quatro meses. Foram várias as reclamações feitas pelos profissionais, mas nenhuma providência tomada. Para resolver isso, a secretária pediu um prazo até o dia 14. No encontro, a prefeitura garantiu que os equipamentos de proteção individual já foram licitados e comprados”.
Magalhães disse que o sindicato e a categoria estão atentos ao cumprimento do que foi sinalizado pela prefeitura e dispostos a cobrar com firmeza providências no sentido de oferecer aos profissionais e pacientes um Samu de qualidade. E qualidade também significa o pagamento do 5º plantão que, segundo muitos médicos, vem sendo negado. Vale ressaltar que o Samu de Ilhéus, dotado de 12 médicos, regula mais sete municípios do entorno.