Mas, às vésperas da volta às aulas de forma presencial, a partir de segunda-feira (31), o contexto epidemiológico é outro. Segundo o jornal Correio, a Bahia teve, na semana passada, a maior taxa de transmissão desde o início da pandemia – 4,36 no dia 19. É o chamado fator RT, que indica que cada 100 pessoas com covid-19 poderiam infectar outras 436. Segundo os cientistas, o ideal é que esse índice fique sempre abaixo de um, porque significaria um arrefecimento da pandemia.
Ao mesmo tempo, a vacinação contra covid-19 ainda encontra desafios com as crianças. Mesmo quem já recebeu alguma dose não teve tempo hábil para completar o esquema vacinal. Na Bahia, a campanha com crianças só começou no último dia 15. No estado, apenas 3,3% da população de 5 a 11 anos está com a primeira dose, enquanto o índice chega a 23% em Salvador.
Assim, o retorno dos estudantes deve ocorrer em meio a diferentes situações individuais. Há desde famílias apreensivas em enviar os filhos às aulas – tanto pelo aumento de covid-19 quanto por não terem completado a imunização com a segunda dose – a professores inseguros com a exposição. Em muitas escolas, não está previsto também o ensino híbrido, como aconteceu até o ano passado. Na maioria delas, há o entendimento de que não é possível exigir comprovante de vacinação, o que tem feito crescer a apreensão com relação aos ‘pais antivacina’.