Senadores do MDB e do União Brasil estão irritados segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, com o senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, por como ele conduziu o acordo para formar o bloco governista na Casa.
O PT decidiu formar um bloco de 28 senadores com o PSD e PSB. Líderes do União e do MDB foram avisados do acordo pelo Diário do Senado Federal. Wagner não ligou para avisar que não iria fechar um bloco com eles.
Segundo integrantes do União e MDB, se tratava de uma estratégia do PT para conseguir indicar a liderança da maioria do Senado. O PT queria que o líder fosse do PSD, o que só seria possível sem as duas siglas.
A articulação deu errado, no entanto, porque o PT acabou em um bloco partidário menor.
MDB e União Brasil fecharam um bloco com Podemos, PDT, PSDB e Rede. Ao todo, são 31 senadores. O indicado para a liderança da maioria deve ser Renan Calheiros, do MDB de Alagoas.
O governo espera fidelidade do MDB e do União, que têm três ministérios cada no Executivo.
Segundo Amado, essa não é a primeira vez que Wagner é criticado pela falta de traquejo na articulação política. Aliados se queixam constantemente de que ele não conversa e toma decisões sem consultar os demais partidos.
Procurado pelo colunista, Wagner respondeu que “isso já foi ultrapassado”.