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Arthur do Val (em primeiro plano) e Kim Kataguiri (ao centro) estiveram na cerimônia de filiação de Sergio Moro ao Podemos Imagem: 10.nov.2021 - Reprodução/Facebook/mblivre
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terça-feira 29 de março de 2022 às 18:40h

MBL troca Podemos por União Brasil, mas mantém apoio a Sergio Moro

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O MBL oficializou hoje o ingresso no União Brasil, partido criado a partir da fusão do DEM com o PSL. A mudança ocorre após o bloco deixar a base de apoio do Podemos, partido do pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro.

O movimento deve apoiar o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública na disputa pelo Planalto de forma independente da orientação do União.

Integrante do MBL, o deputado federal Kim Kataguiri diz que a decisão de deixar o Podemos ocorreu por resistência de filiados do partido. “A direção do Podemos foi muito correta com a gente, mas fomos muito mal recebidos pelos seus candidatos e prefeitos”, afirma.

O bloco informou que, entre as exigências para entrar no União estão ter garantidas as condições de atuar em comissões importantes do Congresso Nacional. “Os candidatos do movimento se comprometeram a não usar repasses do fundo eleitoral em suas campanhas”, informou o movimento, em nota.

A principal motivação para o ingresso do MBL no Podemos era a candidatura do deputado estadual Arthur do Val ao governo de São Paulo. Como o próprio deputado retirou a candidatura e uma ala do partido se articulou para impulsionar nomes com tradição dentro da sigla, como o da deputada federal Renata Abreu, a permanência do bloco na sigla deixou de fazer sentido.

Saída após polêmicas

Essa movimentação interna ocorre após escândalos protagonizados por dois integrantes do MBL ligados a Moro.

O episódio mais recente envolveu a divulgação de áudios de cunho sexista de Arthur do Val sobre mulheres na Ucrânia, o que levou o parlamentar a desistir de sua pré-candidatura ao governo de São Paulo e a deixar o Podemos.

Antes, num debate sobre nazismo e perseguição contra grupos minoritários exibido pelo Flow Podcast, em fevereiro, Kataguiri sugeriu que grupos radicais ganham força quando o cerceamento de ideias extremistas é praticado em detrimento da liberdade de expressão.

À época, Moro defendeu Kim, afirmando que o congressista havia cometido uma “gafe verbal”.

O deputado do MBL se desculpou por suas falas e, desde então, tem participado de atividades promovidas por entidades judaicas no Brasil.

Quem deve concorrer pelo União

Entre os nomes que estão com ida certa para o União estão o vereador de São Paulo Rubinho Nunes, que vai concorrer ao posto de deputado federal neste ano.

Os integrantes do MBL Amanda Vettorazzo, Cristiano Beraldo, Guto Zacarias e Renato Battista são pré-candidatos à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Candidata a vice na chapa com Arthur do Val à prefeitura de São Paulo, em 2020, Adelaide Oliveira deverá permanecer no Podemos por causa de sua proximidade com Moro. O MBL espera que uma pena branda a Arthur do Val, alvo de diversos pedidos de cassação na Alesp, como censura ou suspensão do mandato. Nesses casos, os direitos políticos dele serão preservados.

O cenário mais forte nessa hipótese, para Do Val, seria tentar um mandato de deputado federal. Nos bastidores, lideranças do União e do MBL dizem que Do Val mantém bom potencial de voto.

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