O Movimento Brasil Livre (MBL) nesta sexta-feira (15) em São Paulo, aproveitou a abertura de seu 5º Congresso Nacional para a apresentação do deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP), conhecido como Mamãe Falei, como futuro candidato a prefeito de São Paulo em 2020.
A sigla pela qual saíra candidato, contudo, ainda é dúvida, já que há resistência dentro do DEM em relação à sua candidatura para chefe do Executivo municipal. Arthur já chegou a falar publicamente sobre uma possível desfiliação e o Estado apurou que ele tem conversado com outras siglas.
Além de Arthur em São Paulo, o MBL planeja ter candidatos em outros municípios. Outras capitais não serão prioridade. Atualmente, o movimento tem representação em cerca de 220 municípios.
“(Fazemos um trajeto que) vai da análise de cenário até falar que discordamos do bolsonarismo nisso, de (João) Doria (PSDB, governador de São Paulo) naquilo, do PT, mas o que propomos?”, diz Renan Santos, coordenador nacional do movimento. “Então, vamos participar de certas eleições. Participaremos em São Paulo para demonstrar que acreditamos num modelo. Espetáculo sem prática política não vai a lugar nenhum.”
Arthur falou em tom de campanha no Congresso, criticou possíveis adversários na corrida pela Prefeitura e ironizou os últimos três prefeitos da cidade – o atual Bruno Covas (PSDB), Doria e Fernando Haddad (PT). “Com todo respeito, mas qual a história de Covas? O sobrenome, que nem veio dele. Doria é um lobista que vê São Paulo do helicóptero e do Haddad eu me recuso a falar. Vejam os números.”
Ele citou os deputados federais Marco Feliciano (Podemos) e Joice Hasselmann (PSL), o ex-governador Márcio França (PSB) e “um nome do PT” como possíveis adversários em 2020. “Feliciano está querendo. Qual o legado desse cara? Ganhar dinheiro de fiel? Temos França. Saiu da baixada santista para vir para cá. Por que não fica na sua região? Teremos um candidato do PT que vai aparecer e vai ser forte. E temos Joice: uma pessoa que veio do Paraná dizendo que era a Bolsonaro de peruca, viu que deu ruim e agora (diz que) não é mais.”
Arthur defendeu que, após as experiências no Legislativo, o MBL precisa agora “tomar as rédeas do Executivo”. “Eu me coloco à disposição para o MBL tomar protagonismo nas eleições. Chega de se pendurar em projeto de alguém do Executivo, chega de apoiar ou criticar alguém. Agora é a nossa vez. Vamos mostrar como a gente faz gestão.”