O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Mauricio Barbosa, avalia que o Carnaval de 2019 “deixa uma experiência grande, com muitas coisas a serem adaptadas para o Carnaval de 2020, tendo em vista que Salvador e a Bahia como um todo tem recebido um grande número de pessoas para que a gente possa, cada vez mais, aperfeiçoar a segurança”.
O secretário afirma que o número de ocorrências foi muito baixo se comparado ao número de pessoas que curtiram a folia em Salvador. Segundo Barbosa, comparado aos números de 2018, o número de registros foi elevado em 0,06%. “Sempre lidamos com a proporcionalidade de pessoas com as ocorrências”, afirmou ao Bahia Notícias.
O secretário também informou que houve tentativa de foliões para burlar os portais de segurança e que uma pessoa tentou adentrar no circuito com uma arma de fogo dentro de um isopor de bebida. “Alertamos para necessidade de uma fiscalização maior com prepostos da prefeitura de Salvador junto a ambulantes”, declarou. Barbosa também confirmou que 11 pessoas foram baleadas em decorrência da festa, mas que três ocorrências foram distintas, por rixa de facções, e que um dos envolvidos já foi identificado, com mandado de prisão já expedido.
O isolamento dos circuitos, com a instalação dos portais, feito desde 2016, para ele, tem dado bons resultados, mas diz que o desafio é grande, pois são três circuitos de festa em Salvador. No Campo Grande, ele destaca que o clima de tensão e insegurança é maior devido ao encontro de facções e que a Policia atuou de forma a evitar conflitos.
O reconhecimento facial deve ser ampliado em outras festas na Bahia e já será implementado em Feira de Santana. Barbosa afirma que a ideia é chegar ao Carnaval de 2020 com “uma eficácia maior”. O reconhecimento facial já é utilizado em estações do metrô de Salvador e da Arena Fonte Nova. Sobre os registros de agressões contra mulheres e casos de importunação sexual, o secretário considerou que como “positiva” as medidas adotadas para proteção de mulheres durante o Carnaval.