Na busca pelo eleitorado evangélico, a pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, deu uma demonstração, na noite de sexta-feira (13), de aproximação com pastores de igrejas históricas que se distanciam da pauta defendida pela bancada evangélica no Congresso Nacional.
O movimento foi visto por interlocutores e líderes religiosos como contraponto a Jair Bolsonaro (PSL), presidenciável que vem recebendo apoio de figuras evangélicas críticas a Marina.
Marina se reuniu, na capital paulista, com um grupo de pastores composto em sua maioria por presbiterianos, batistas e luteranos que já a apoiaram em eleições anteriores. No discurso, segundo imprensa presente, Marina defendeu pontos de uma reforma política apresentada pelo movimento Reforma Brasil, encabeçado pela Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo.
“Tenho a felicidade de ter o voto de evangélico, voto de católico, voto de espírita, voto de quem crê e voto de quem não crê. Porque eu me dirijo aos cidadãos brasileiros e respeitando a fé de cada um e, sobretudo, não negando também minha identidade”, disse a pré-candidata, quando perguntada por um jornalista se ela se considerava detentora do voto evangélico assim como Jair Bolsonaro. Ela fez questão de citar que há pesquisas apontando que os fiéis não tendem a votar em quem o pastor pede, mas com base em uma escolha livre.
Ela finalizou sua participação com críticas ao bloco do “Centrão”, que negocia uma aliança eleitoral com Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB). “Para a face do Centrão, vamos apostar na população”, disse.