A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, criticou, nesta última terça-feira (3), em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo em parceria com o UOL e o SBT, candidatos que “abrem a janela do promessômetro” em época de campanha, usando “discurso fácil” para atrair o eleitor.
“Acho que tem uma situação bastante complexa no Brasil. Existem aqueles que fazem o discurso fácil. E é muito difícil fazer política dizendo: ‘vamos ser ponderados’, ‘não é bem assim'”, afirmou a ex-senadora.
“Eu fico vendo que na hora da eleição as pessoas abrem mão dos princípios, abrem a janela do promessômetro e aí o céu é o limite”, continuou. “Eu não. Eu quero ganhar ganhando, porque a forma como a gente ganha determina a forma como a gente governa.”
Marina, que é fiel da Assembleia de Deus, disse que “o Estado laico é uma bênção” e se posicionou contra a mistura entre religião e política diante de uma pergunta sobre o slogan da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que prega o “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
“Tenho uma fé, sou cristã da Assembleia de Deus, já fui católica, quase fui freira, e acho que num país democrático como o nosso não se deveria estimular essa guerra santa. Isso está fazendo muito mal para o Brasil”, afirmou a presidenciável.