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Marcos do Val acampa no Senado — Foto: reprodução
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quinta-feira 5 de setembro de 2024 às 15:52h

Marcos do Val desiste de ‘morar’ no Plenário do Senado em protesto contra STF

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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez protestos pelo Senado ao longo da semana contra o bloqueio do seu salário pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na terça-feira (3), o parlamentar chegou a dizer segundo Camila Turtelli, do O Globo, que dormiria no plenário da Casa, segundo ele, por estar sem recursos financeiros. Segundo pessoas que trabalham no Senado, no entanto, Do Val ficou plenário até por volta da 1h da quarta-feira e foi embora após esse horário. Ele ocupa um imóvel funcional em Brasília, custeado por dinheiro público.

— Estou aqui porque não tenho salário, não tenho condições de me alimentar, eu tenho que pedir para a minha assessoria me ajudar a dividir o que eles têm, porque eu não vou pegar dinheiro, senão vão achar que é rachadinha e não sou louco de fazer isso. Estou vindo aqui com minhas roupas e vou ter que morar no Senado. Não no meu gabinete, porque lá é um local de trabalho, eu vou achar algum corredor e vou morar aqui, vou deitar e vou dormir até quando perceber que isso foi um pesadelo, que isso não era real — disse do Val na terça-feira, dia em que acabou não dormindo no Senado e indo para seu imóvel funcional.

Ainda na terça-feira, Moraes autorizou que o parlamentar receba 30% do seu salário para ‘subsistência’. Os vencimentos brutos de cada senador estão fixados atualmente em R$ 44 mil. Procurado, o senador não se manifestou.

No início de agosto, o STF determinou o bloqueio de até R$ 50 milhões das contas bancárias de Marcos do Val por descumprimento de ordens judiciais. A decisão foi anunciada pelo próprio parlamentar, que classificou a medida como “abuso de autoridade” em postagem nas redes sociais.

“O senador Marcos do Val recebeu com surpresa a notícia de mais uma suspensão do acesso às suas redes sociais e da aplicação de uma multa exorbitante e impagável de R$ 50 milhões, embora, até o presente momento, nem ele, nem seus advogados particulares, nem a Advocacia do Senado Federal ainda tenham sido oficialmente citados, ou tenham tido acesso aos inteiro teor da decisão cautelar”, afirmou a assessoria do senador, na ocasião, em nota.

Em uma nova decisão, do último dia 27 de agosto, Moraes verifica que “não há necessidade de manutenção total da restrição” ao salário e permite que “o investigado possa dispor de valores decorrentes de seus vencimentos necessários para sua efetiva subsistência”.

A defesa do senador, mais uma vez, questionou a medida. “Esta decisão não só desafia a jurisprudência das Cortes Superiores, como também perpetua a situação de asfixia financeira de um senador da república, prejudicando gravemente a sua subsistência e o exercício do seu mandato”, diz, em nota.

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