Com quase todas as urnas apuradas nas eleições presidenciais portuguesas, realizadas neste domingo (24), o atual presidente Marcelo Rebelo de Sousa (PSD) foi reeleito em primeiro turno com cerca de 60% dos votos. Agora há pouco, ele deixou sua casa em Cascais dirigindo o próprio carro, sozinho, deslocando-se até a Faculdade de Direito de Lisboa, onde é professor, para fazer o tradicional discurso da vitória.
A apuração mostrou ainda um desempenho constrangedor da esquerda, que não devem passar dos 23%, segundo afirmou Rui Rio, principal líder do PSD, ao saudar a vitória do candidato do seu partido.
A principal candidata do campo de esquerda, Ana Gomes, do Partido Socialista (PS), está em 2º lugar na corrida e soma apenas 12,6%. Outro candidato de esquerda, na campanha, foi João Ferreira, do Partido Comunista Português (PSP), que não passa dos 4,2% do total. Marisa Matias, candidata do “Bloco de Esquerda”, teve só 2% do total.
A estratégia das esquerdas era levar a disputa para o segundo turno, quando, em hipotética aliança, tentariam derrotar Marcelo Rebelo de Sousa, mas o povo português derrotou essa pretensão.
A segunda posição da socialista Ana Gomes é ameaçada por André Ventura, candidato de direta ou “extrema direita”, como o rotulam na imprensa portuguesa, que tem 11,8%. Ventura se define como “liberal economicamente, nacionalista culturalmente e conservador em questões de costumes” e como um “político antissistema”.