O deputado federal Marcelo Ramos, que será o primeiro vice na chapa de Arthur Lira à Presidência da Câmara, acredita que ainda não da para dizer que a eleição está definida — mas garantiu que a candidatura de Lira está consistente e com boa parte de apoio partidário. Até agora, os partidos que devem incentivar a chapa são o PL, o PSD, o Solidariedade, o PTB, o PROS, o PSC, o Avante e o Patriota. “É um jogo de paciência e muita conversa. Agora não estamos falando diretamente dos votos dos deputados, mas de apoio partidário para formar blocos fundamentais na indicação de outros cargos da mesa”, disse. São 17 pré-candidatos para substituir Rodrigo Maia.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Ramos ressaltou que tem um diálogo próximo com toda a oposição e isso acabou ajudando na consolidação e proximidade de alguns partidos. Para ele, o que faz essa aproximação são o seu perfil e o do deputado Arthur Lira. “Um perfil de diálogo, respeito às minorias e que estabelece como princípio a independência e a harmonia entre os poderes. Fazemos esforço para trazer os partidos da oposição porque isso consolida o equilíbrio”, complementa. Para ele, uma outra questão é a relação das eleições da Câmara e do Senado. “Uma Casa precisa da outra para alcançar seus objetivos, então uma influência a outra.”
Apesar das duras críticas, Marcelo Ramos não acha que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, atrapalhe alguma coisa. “Ano passado, todas as pautas econômicas foram aprovadas com o apoio dele. Esse ano, para diminuir os impactos da pandemia, também. Maia foi eleito com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Quando para com o ambiente de trocas de farpas públicas, melhora o ambiente para andamento das pautas”, justificou. Sobre as denuncias contra Lira, o deputado ressaltou. “Vai depender da capacidade dele de dar respostas. Você tem outros deputados que também estão nos mesmos processos que ele. É preciso ter paciência e partir do princípio de presunção de inocência.”