Em meio a polêmica envolvendo uma medida provisória (MP) que pode destinar 5% dos recursos previstos ao Sistema S (Sesc e Senac), para ações Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o presidente da agência federal, Marcelo Freixo (PT), se defendeu em entrevista à Rádio Metropol das acusações que o presidente da Fecomércio-BA e presidente eleito da CNI, Kelsor Fernandes, fez acerca do tema. Freixo disse que os recursos previstos pela MP para a Embratur são frutos de uma sobra no orçamento do Sistema S.
“O debate que estamos fazendo é sobre o dinheiro que sobra. O orçamento do Sesc/Senac é de R$ 9 bilhões, e eles gastam R$ 7 bilhões. Sobram R$ 2 bilhões todo ano. Os 5% que propomos retirar correspondem a cerca de R$ 440 milhões de reais”, alegou o titular da Embratur. “Nenhuma unidade do sistema S vai ser fechada por causa disso”, alegou.
A medida provisória foi aprovada na Câmara dos Deputados e poderá ser votada nesta quarta (24) no Senado. O prazo de validade é até o fim deste mês de maio. Caso não seja aprovado no Senado, a MP volta para a Câmara, onde será dado o parecer final. De acordo com o petista, não há possibilidade de nenhuma unidade fechar, contrariando o que havia dito Kelson sobre o assunto. Sobre isso, Freixo justificou:
“O Ministério do Turismo tem essa importância, trabalha com turismo doméstico e a Embratur é a empresa brasileira de promoção do turismo no exterior. Eu não acredito que um baiano não consiga entender a importância do turismo. É muita pobreza imaginar que o Brasil não tenha o que fazer em relação à Embratur”, disse.