Três dias após a implantação do novo modelo de cobrança de Zona Azul na Barra e no Rio Vermelho, motoristas que fazem uso das vagas rotativas credenciadas pelo município nesses locais aprovaram a inovação do sistema. Se antes o condutor recebia do operador de Zona Azul uma cartela preenchida à mão com o tempo de estacionamento requerido, agora tíquetes impressos em tempo real, por máquinas portáteis com acesso à internet, fazem parte da transação.
O corretor de seguros Antônio Carlos Macambira, 61 anos, estacionou na manhã de quinta-feira (6) em uma das vagas de Zona Azul situada na Avenida Marques de Leão, na Barra. Foi a primeira transação que ele fez, desde quando a nova forma de cobrança foi implementada pela Prefeitura em parceria com o Sindicato dos Guardadores de Veículos do Estado da Bahia (Sindguarda). “O guardador disse que não preciso colocar mais nada no vidro da frente do carro, diferente da antiga cartela de papel. Percebo que está mais prático o processo de pagamento da tarifa. É uma ótima inovação”, disse.
O vendedor Sérgio Lima, 27 anos, também aprovou a mudança. “Uma vantagem que acho significativa é que, se eu estacionar numa vaga credenciada que esteja vários metros do guardador, eu posso realizar a transação com ele distante do veículo sem precisar voltar para o meu carro para colocar comprovante à mostra da fiscalização”, observou.
A fiscalização nos estacionamentos públicos é feita pelo agente de trânsito nos mesmos moldes do que já é praticado para quem utiliza aplicativos do Zona Azul Digital. Ou seja, ao fazer a leitura da placa no sistema, o agente, munido de um smartphone, verifica se a situação do veículo no local está regular ou não.
Facilidades
Atualmente, são 30 máquinas sendo usadas, sendo 16 na Barra e 14 no Rio Vermelho. A partir de julho, os mesmos equipamentos eletrônicos que estão sendo usados para operações de Zona Azul em ambos os bairros começarão a aceitar cartões de débito e crédito, o que diminuirá a obrigatoriedade do cidadão de pagar com dinheiro, evitando problemas com falta de troco, e trazendo mais facilidade na forma de pagamento. Até outubro, o novo modelo vai valer em toda cidade.
As maquinetas são recolhidas diariamente, no final da noite, para sede do Sindguarda (Tororó) para carregamento de bateria e devolvido logo pela manhã aos operadores de Zona Azul. Natanael Ferreira, 47 anos, atua como guardados da área há 30 anos e percebe que a implantação dessa tecnologia facilitou o trabalho.
“Havia certa dificuldade em manusear o talão da Zona Azul em dias chuvosos. Também era comum acontecer rasuras. A maquina é mais eficiente e tirou o problema dos clientes confundirem a gente com flanelinhas clandestinos. Sem contar que já houve casos de falsificação das cartelas. Ganhamos mais credibilidade”, ressalta.