Investigadores que estão na linha de frente da operação desta terça-feira (19) informaram ao blog de Gerson Camarotti que a manutenção do acordo de Mauro Cid vai depender muito do depoimento que ele presta nesta tarde.
A avaliação é de que a omissão de Cid sobre reuniões que planejaram matar Lula, Alckmin e Moraes já seria motivo suficiente para que o acordo seja desfeito. Mas a percepção é de que, se ele de fato colaborar com fatos novos, a delação poderá ser mantida.
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Para os investigadores, os fatos revelados nesta terça são graves em relação às tentativas de golpe.
Além da reunião na casa do Braga Neto, no dia 12 de dezembro, há trocas de mensagens do general Mario Fernandes relatando o aval de Bolsonaro para a execução do plano até o dia 31 de dezembro.
Essas mensagens datam da noite do dia 8 de dezembro. No final da tarde desse mesmo dia, o general Mario Fernandes tinha sido recebido por Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
Cid omitiu todos esses fatos e mensagens em seus depoimentos anteriores.