A inflação desacelerou mais do que o esperado em junho, mas acumula alta de 2,48% no ano e avanço de 4,23% em 12 meses.
No acumulado no 1º semestre de 2024, as maiores altas foram verificadas nos alimentos, com destaque para a disparada nos preços da manga, batata, cenoura, cebola e tomate.
Veja abaixo a lista dos produtos com as maiores altas no acumulado nos seis primeiros meses do ano.
Veja as maiores altas no ano
MANGA | 69,05 |
BATATA-INGLESA | 55,79 |
CENOURA | 48,92 |
CEBOLA | 33,86 |
TOMATE | 28,60 |
AÇÚCAR DEMERARA | 27,98 |
ALHO | 27,83 |
MELÃO | 26,66 |
LEITE LONGA VIDA | 22,84 |
MORANGO | 21,80 |
ABOBRINHA | 20,03 |
AÇAÍ (EMULSÃO) | 19,70 |
AZEITE DE OLIVA | 17,07 |
LARANJA-PERA | 14,14 |
TANGERINA | 13,92 |
FEIJÃO-MULATINHO | 13,77 |
REPOLHO | 13,58 |
ABACAXI | 13,46 |
FEIJÃO-MACÁÇAR (FRADINHO) | 13,09 |
BATATA-DOCE | 12,86 |
Veja as maiores quedas no ano
Já entre as quedas, os maiores recuos no ano foram verificados nos preços da passagem aérea, pepino e peixes. Veja quadro abaixo:
PASSAGEM AÉREA | -42,28 |
PEPINO | -21,95 |
PEIXE-DOURADA | -20,93 |
MARACUJÁ | -16,75 |
LIMÃO | -11,62 |
PACOTE TURÍSTICO | -11,24 |
PEIXE-ANCHOVA | -10,00 |
PERA | -8,37 |
FÍGADO | -8,22 |
MILHO (EM GRÃO) | -7,27 |
PEIXE-SERRA | -6,93 |
ARTIGOS DE ILUMINAÇÃO | -6,57 |
TRANSPORTE POR APLICATIVO | -6,39 |
PEIXE-FILHOTE | -5,98 |
VIDEOGAME (CONSOLE) | -5,89 |
AR-CONDICIONADO | -5,87 |
PEIXE-TAINHA | -5,64 |
FEIJÃO-PRETO | -5,49 |
LAGARTO REDONDO | -5,22 |
PEIXE-PALOMBETA | -4,99 |
Expectativas
O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em junho queda a 52%, contra 57% em maio.
O IPCA vinha acelerando na base mensal desde março, à medida que se apuravam os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul ao longo da cadeia produtiva. Em 12 meses até junho, o índice acelerou para 4,23%, mas abaixo dos 4,35% esperados por economistas.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
As expectativas do mercado para a alta do IPCA subiram a 4,02% e 3,88% respectivamente em 2024 e 2025, segundo mostrou a última pesquisa Focus.
O resultado para o mês passado pode reduzir os temores do mercado em relação à inflação no Brasil, o que vinha contribuindo para uma crescente desancoragem das expectativas em relação à meta de 3% do BC e para a cautela dos membros do Copom.